A voz que nada dizia

Existem tantas coisas pelas quais nunca passei
Tanta merda que encontrei e que nunca procurei
Tanta brincadeira que conheço e que nunca brinquei
Ser a dor da liberdade pela qual nunca me libertei.

Sempre fui uma pessoa desligada
Apaixonado sempre de forma controlada
É o desespero que comanda a fantasia
Ouço o barulho da voz que nada dizia
Sinto o calor do corpo que ausência trazia.

Esta disputa é fiel ao valor da injustiça
Estou firme diante desta areia que teima em ser movediça
Teimosia não é uma característica apenas castiça
Ontem foi um dia em que me senti esquecido
No tempo a distancia tem olhar palidamente abatido.

Desconheço o sintoma de toda minha imprudência
Quem será ou quem é a minha maior influencia? 
Onde esta a fraqueza que me faz perder a consistência?
Será que sou fruto da minha própria inconsciência?

Apatia as vezes faz parte do meu estado mental
A cabeça e o corpo as vezes estão em diferente local
Pode parecer mas na verdade não é intencional.

Não tenho o controlo que era suposto ter
Quando falo a língua enrolo ninguém me consegue perceber
Parece que cada tema que trago é um novo problema
Que me acompanha
As vezes sinto que toda gente me é estranha
Vivo sozinho no top da minha inexistente montanha.

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