Interior Venenoso

Descanso deitado
Numa cama invisível ,
O vento sopra
De um ângulo impossível,
Sinto falta de tudo
Que nunca foi meu,
O silencio tirou tudo
Que a voz me prometeu.

Como se pode mudar
Alguma coisa sem vontade
É impossível amar 
Sem existir afinidade,
Pensar pela minha
Cabeça define a minha sentença?
Ser ateu não invalida que
A minha alma seja provida de crença,
A escrita esta sempre em pena suspensa.

Nem sempre sou fã
Do conteúdo da escrita,
Escrever é uma luta
Que me impede de ser parasita,
Tantas vezes falo
Do quanto sou preguiçoso,
Este interior não podia ser mais venenoso,
Tenho a capacidade de criar algo de novo,
Ainda é possível abrir a prisão e libertar este povo.

Tentas explicar por palavras
A paixão que te move,
A voz do silencio tem
O poder que a escrita promove,
O talento sem sensibilidade
Dificilmente comove.

Sensibilidade é uma peça
Fundamental a estrutura,
Tudo se encontra
Quando nada se procura,
A invisibilidade é extremamente complexa
O tempo voa desloca-se
Como se fosse uma flecha.  

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